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No meio do caminho tinha uma serra
Ninguém sabe ao certo como surgiu o nome da serra que os antigos chamavam de Amantiquira. Sabe-se apenas que é palavra tupi, combinação de “chuva” (amana) e “gotejar” (tykyra), que pode ser traduzida como “chuva que goteja”. O resto é especulação. Talvez a origem esteja na névoa que esconde os cumes em quase todos os dias do ano, provocada pelo encontro do vapor do Atlântico com as terras mais frias do Sudeste brasileiro. Ou talvez seja por causa do orvalho que frequentemente reveste os campos nas manhãs geladas do alto da serra. Ou ainda, numa visão menos literal, uma alusão às centenas de córregos, rios e cachoeiras que escorrem pelas encostas, engrossados pelas chuvas que o nevoeiro ajuda a criar. As interpretações são muitas, mas a certeza é uma só: tem tudo a ver com água. De fato, não se pode compreender a importância da Mantiqueira sem levar em conta a presença da água. São muitas, incontáveis, as nascentes que brotam dos mais diversos pontos da serra, nutridas pela chuva que se infiltra no solo. E elas têm papel vital na manutenção dos recursos hídricos que abastecem os três estados mais populosos do Brasil. Chegam inclusive a interferir, indiretamente, na vida das três metrópoles que lhes são próximas, não por acaso também as três maiores do país: São Paulo está a 90 quilômetros da serra, o Rio de Janeiro a 150 e Belo Horizonte a 230. Se, por um lado, a proximidade não favoreceu a preservação da cobertura vegetal, por outro ao menos consolidou a vocação dos mananciais. É bem provável, por exemplo, que um morador da cidade de São Paulo lave sua louça com uma água que jorrou de um ponto remoto da Mantiqueira, a milhares de metros de altitude e a centenas de quilômetros dali. Parece absurdo? Não se considerarmos o caminho percorrido pelos rios Jaguari e Atibaia, que correm do alto da serra para encontrar-se com o Rio Piracicaba, cuja vazão é em grande parte desviada para o Sistema Cantareira, responsável pelo abastecimento de 8 milhões de pessoas na Região Metropolitana de São Paulo. Milhões de mineiros devem também agradecer à Mantiqueira pela luz que acendem em casa. Cerca de dois terços da energia elétrica consumida em Minas Gerais vêm das doze usinas instaladas na bacia do Rio Grande, alimentada por dezenas de afluentes que têm suas cabeceiras na serra, como os rios Sapucaí, Aiuruoca e Verde. Uma dessas usinas é Furnas que, não custa lembrar, salvou o país de um colapso energético nos anos 1960. Do outro lado das montanhas, na vertente sul, outros tantos caudais fluem com um único objetivo: misturar suas águas às do Rio Paraíba do Sul, cuja bacia abastece 12 milhões de pessoas no Rio de Janeiro e em São Paulo e movimenta o maior parque industrial do país, gerador de 12% do PIB nacional. Isso tudo não seria possível se um evento de proporções descomunais, ocorrido há cerca de 40 milhões de anos, não tivesse culminado com o nascimento de uma serra bem onde hoje Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro fazem divisa. Até então, o que havia ao longo do atual litoral brasileiro era uma cordilheira só, semelhante à dos Andes. Durante o período conhecido como Cenozoico, movimentos da crosta terrestre racharam essa cordilheira ao meio, dividindo-a em duas cadeias montanhosas diferentes: ao sul, a Serra do Mar; ao norte, a Mantiqueira. Entre elas surgiu um rifte, como são chamados os vales formados por falhas tectônicas. E nele o Rio Paraíba do Sul se encaixou. Na borda esquerda do Vale do Paraíba, a Mantiqueira ergueu-se na forma de um maciço rochoso com cerca de 300 quilômetros de extensão, paralelo à Serra do Mar, sobre o qual foi riscada a divisa de Minas Gerais com os estados de São Paulo e Rio de Janeiro. Uma verdadeira muralha para quem a vê a partir de terras paulistas e fluminenses, de onde as escarpas se elevam quase verticais até alcançar a crista das montanhas, algumas das quais entre as mais altas do Brasil. Ou, como definiu o botânico francês Auguste de Saint-Hilaire, que passou por aqui em 1822: “Uma paisagem que tem, ao mesmo tempo, algo de risonho e majestoso”. Doze dessas montanhas têm mais de 2.500 metros de altitude. E, entre elas, cinco figuram na lista dos dez pontos mais elevados do país. Destaque aí para a Pedra da Mina, o quarto maior pico brasileiro, com 2.798 metros de altitude, e o Pico das Agulhas Negras, que vem logo em seguida, com 2.791 metros. Do outro lado das cristas, em território mineiro, a erosão ao longo dos milênios criou relevos mais suaves, resultando numa serra que avança planalto adentro perdendo altitude gradualmente, até misturar-se ao mar de morros que se espalha pelo interior do estado. A Mantiqueira é, na verdade, formada por um conjunto de maciços menores, que se sucedem, um após o outro, entre as cidades de Bragança Paulista, em São Paulo, e a mineira Barbacena. O maior e mais elevado é a Serra Fina, na divisa entre os três estados, cujo ponto culminante é a Pedra da Mina. A oeste fica o Maciço de Itaiaia, onde o mais antigo Parque Nacional brasileiro protege o maior trecho remanescente de Mata Atlântica na Mantiqueira, bem como alguns de seus picos mais altos, como o das Agulhas Negras. Completa o trio dos grandes maciços mantiqueirenses o de Marins-Itaguaré, lar do Pico dos Marins, a maior das montanhas situadas inteiramente em território paulista. A esses três grupos, some-se ainda outros menores, como a Serra da Pedra Branca, em Monteiro Lobato (SP), a Serra de São Domingos, nos municípios mineiros de Camanducaia, Paraisópolis e Gonçalves, e a Serra dos Poncianos, nos distritos de Monte Verde (MG) e São Francisco Xavier (SP). Originalmente, todas essas montanhas estavam forradas pela Mata Atlântica. Os trezentos anos de ocupação humana, contudo, não lhe foram nada gentis. Do que havia, muito pouco se salvou, a maior parte concentrada nas encostas do espigão central, onde estão os picos mais altos. Esses trechos hoje oferecem a rara oportunidade de conhecer, numa área relativamente pequena, toda a diversidade de paisagens da Mata Atlântica. Graças às condições especiais de clima e relevo, a Serra da Mantiqueira tornou-se uma das melhores vitrines para os múltiplos ecossistemas que compõem o bioma. Nas partes baixas da serra, em altitudes que vão dos 500 aos 1.500 metros, prevalecem dois tipos de vegetação: a Floresta Ombrófila Densa e a Floresta Estacional Semidecidual. A primeira é a mesma que reveste os morros da Serra do Mar paulista: uma mata fechada, muito verde e úmida, repleta de figueiras, samambaias, bromélias, orquídeas e palmeiras como o palmito-juçara. Já a Floresta Estacional Semidecidual, predominante ao longo da divisa entre Minas Gerais e Rio de Janeiro, tem como traço fundamental a perda da folhagem de parte das árvores durante a estiagem. Entre as espécies mais características, estão a peroba, a canela e o jacarandá. A partir dos 1.000 metros de altitude surgem as araucárias, ícones da Floresta Ombrófila Mista. Aparecem agrupadas em manchas esparsas, às vezes associadas a outras árvores, como a imbuia e o cedro, em áreas onde o clima é suficientemente frio para permitir seu crescimento. Fora da região Sul do Brasil, apenas a Serra da Mantiqueira oferece as condições climáticas ideais para a existência de araucárias. Acima dos 2.000 metros, porém, não há árvore de grande porte que resista aos ventos cortantes e a temperaturas tão baixas. Essa é a cota em que as matas começam a ser substituídas pelos Campos de Altitude, onde a vegetação se restringe às gramíneas e aos pequenos arbustos que crescem entre as rochas. Tamanha variação de ecossistemas permitiu também uma grande diversidade na fauna da Mantiqueira. Deve ter sido maior no passado, mas ainda assim é espantosa a quantidade de espécies que pôde sobreviver ao desmatamento, mesmo que confinada em ilhas de floresta. Ao menos 150 espécies de mamíferos foram registradas em pesquisas conduzidas em alguns pontos da serra, muitas ameaçadas de extinção, como o lobo-guará, o tamanduá-bandeira, o bugio e o muriqui, este restrito a uma pequena zona em São Francisco Xavier (SP). É uma cifra que tende a crescer, pois, se há um fato notável na Mantiqueira, é a escassez de estudos científicos. Poucas áreas na serra receberam a devida atenção dos pesquisadores, e uma delas é o Parque Nacional de Itatiaia. Grande parte dos dados biológicos existentes vem de registros colhidos ali. Não por acaso, é onde foi constatado o maior número de espécies de aves em toda a serra: 366, segundo o levantamento mais recente. Vale lembrar que Itatiaia é o único Parque Nacional implantado até hoje na Mantiqueira, e uma das poucas unidades de conservação permanente na região, teoricamente a salvo da ocupação humana. O restante da serra permanece até hoje à mercê de uma exploração que nos últimos três séculos só tem feito crescer. Para os primeiros colonizadores, os mesmos que a batizaram de Amantiquira, a serra nada mais era que um obstáculo impertinente, uma nova muralha a ser transposta na busca de riquezas no interior do Brasil. Não que fosse fácil transpô-la: para isso, era necessário vencer as grandes altitudes e bater de frente com os índios puris, habitantes originais da região. Por conta disso, foram poucas e breves as incursões pela serra nos dois primeiros séculos da colonização. Dignas de menção, entre as pioneiras, são as exploração encomendadas por Martim Afonso de Sousa, donatário da Capitania de São Vicente, na década de 1530. A expedição inaugural, aquela que abriria de modo definitivo o caminho para os sertões além da Mantiqueira, ocorreria só em 1674, pelas mãos do bandeirante Fernão Dias Pais Leme. Seu objetivo era claro: ele buscava Sabarabuçu, montanha mítica onde, segundo os índios, haveria extensas jazidas de esmeraldas. Para isso, juntou seiscentos homens, cruzou o Vale do Paraíba e penetrou a Mantiqueira pela Garganta do Embaú, passagem natural próxima à atual cidade de Passa Quatro. Morreu sem encontrar as tais esmeraldas, mas consolidou a rota que depois seria percorrida por outros bandeirantes, até que por fim se encontrassem as minas de ouro algumas léguas adiante. Em poucos anos, a Mantiqueira virou escala obrigatória entre as jazidas da região de Vila Rica e o porto de Parati, por onde o ouro era escoado. A mesma Garganta do Embaú que Fernão Dias atravessou agora servia de passagem aos minérios e aos escravos que viajavam pela Estrada Real. Ao longo do caminho, antigos arraiais fundados pelos bandeirantes aos poucos transformavam-se em vilas que serviam de pouso aos tropeiros. Na própria Mantiqueira algum ouro também se encontrou, particularmente em Aiuruoca e Itajubá, o que trouxe certa riqueza local. No fim desse mesmo século, o ouro acabou. Sem ter para onde ir, um imenso contingente de ex-garimpeiros e ex-tropeiros espalhou-se pelos vales do sul de Minas, dedicando-se à única coisa que sabia fazer sem depender das jazidas minerais: plantar lavouras e criar gado. No século 19, pequenas propriedades rurais multiplicaram-se pela serra toda, substituindo as matas originais pelas pastagens e pelo cultivo de milho, feijão e mandioca. O período coincidiu com o apogeu do café no Vale do Paraíba, de modo que logo o povo mantiqueirense encontrou nova vocação: abastecer as fazendas cafeeiras com carne, laticínios, grãos e hortaliças. Era gente paulista em sua maioria, portanto mestiça de índios e portugueses. Dos nativos, herdou, além da pele escurecida, as técnicas de cultivo adaptadas ao meio. Da matriz lusitana veio o modo de construir as casas, a partir da taipa de pilão, e a devoção aos santos católicos – não há cidade ou vilarejo na Mantiqueira que não tenha ao menos uma igreja. Mais tarde, escravos fugidos dos cafezais adicionaram um pouco de sangue negro à mistura, deixando vestígios em comunidades quilombolas como as que existem em São Bento do Sapucaí (SP), Alagoa (MG) e Santa Isabel do Rio Negro (RJ). Quanto aos imigrantes europeus, estes chegaram só no início do século 20, e mantiveram-se restritos a Visconde de Mauá, onde o governo implantou uma colônia agrícola. No resto da serra, a arquitetura de inspiração alpina é mais um esforço de promover o turismo que propriamente uma tradição local. Novo sopro de desenvolvimento veio no final do século 19, quando os vales da Mantiqueira se viram rasgados por uma rede de linhas férreas, construídas de modo a estimular uma florescente indústria de café na região. A mais importante delas foi a The Minas and Rio Railway, que ligava a cidade mineira de Três Corações à paulista Cruzeiro, onde se conectava com a Estrada de Ferro Central do Brasil, eixo principal entre Rio e São Paulo. Inaugurada em 1884, tornou-se a principal via de acesso para o sul de Minas. Os cafezais por fim não vingaram (migraram para terras mais ao norte, fora da Mantiqueira), mas os trilhos ajudaram a levar os primeiros turistas para a região, sobretudo os que tinham como destino as estâncias hidrominerais de São Lourenço e Caxambu. O dado curioso é que, mesmo tendo sido importante rota de passagem desde os primeiros tempos da colonização, a Mantiqueira quase não sofreu transformações quanto à ocupação do espaço. Dada a proximidade com as três maiores capitais, o mais importante parque industrial e a mais movimentada rodovia do país (a Via Dutra), era de se esperar que a região fosse no mínimo um pouco mais desenvolvida do que é hoje. Mas não: permanece, em grande parte, uma zona de pequenas propriedades rurais e cidades de poucas ruas, caipiras na essência. Dos cerca de 50 municípios que hoje fazem parte da Mantiqueira, quase todos não têm mais do que 20 mil habitantes em seus centros urbanos. São só três as exceções: Campos do Jordão e São Lourenço, ambas com 40 mil moradores permanentes, e Itajubá, com 90 mil, a única a sediar indústrias de certo porte. Esse fato reflete-se na economia local, ainda muito dependente da pecuária, sobretudo a criação de gado leiteiro, e da agricultura, com destaque para o cultivo de batata, milho, café e frutas como pêra, pêssego e marmelo. Mesmo a atividade industrial, fora do pólo de Itajubá, é pequena, concentrada na produção de laticínios, doces, água mineral e confecções. O que traz certa diversificação na fonte de renda é o turismo, este sim em franco crescimento. Enquanto Campos do Jordão reafirma-se o grande destino de inverno do país, com 1,2 milhão de visitantes durante a temporada, cidades menores como Gonçalves, Aiuruoca, Itamonte e Baependi consolidam sua vocação para o turismo rural e o ecoturismo, que se vale justamente do patrimônio cultural e ambiental que permanece preservado. Isso, sim, é uma mudança considerável na relação dos homens com a Serra da Mantiqueira. Depois de ter sido sistematicamente alterada nos últimos trezentos anos para dar lugar a pastos e lavouras, a paisagem tornou-se um bem do mais alto valor, onde matas, rios, cachoeiras e montanhas passaram a gerar renda, desde que mantidas do jeito que sempre foram. Ainda assim, as agressões ao meio natural continuam, e não são poucas. A ameaça mais graves são as queimadas, usadas há séculos para a criação de pastagens. Os efeitos da pecuária, do modo como é conduzida na Mantiqueira, são devastadores: além de reduzir a cobertura florestal, acelera a erosão, provoca o assoreamento dos rios e diminui a fertilidade do solo. Além dos incêndios, a vegetação original sofre ainda com a ocupação irregular dos vales e das encostas, fruto do crescimento desordenado do turismo, muitas vezes associado à especulação imobiliária. A extração irregular de árvores nativas também continua intensa, inclusive dentro de áreas protegidas como o Parque Nacional de Itatiaia. Espécies como a araucária e o palmito-juçara são visadas pelo seu valor comercial, enquanto outras têm como objetivo a produção de lenha e carvão. Situação ainda mais grave é a de alguns cursos d´água da Mantiqueira, afetados pela contaminação provocada pelo despejo de esgoto e agrotóxicos. Campos do Jordão, por exemplo, joga 100% de seu esgoto nos rios do município, sem tratamento algum. Um desses rios é o Sapucaí, importante afluente do Rio Grande, que ainda recebe esgoto in natura de outras quarenta cidades ao longo de seu curso. Para os ambientalistas, a solução mais eficaz para o combate a essas agressões está em reforçar a proteção legal das matas, encostas e mananciais da Mantiqueira. Das 18 áreas protegidas públicas existentes hoje na serra, apenas oito são de proteção integral, ou seja, aquelas em que não é permitida a ocupação humana. Juntas, somam pouco mais de 65 mil hectares, o que equivale a cerca de 5% de toda a extensão da Mantiqueira. E mesmo essas ainda têm sérios problemas de regularização fundiária. O Parque Nacional de Itatiaia, o mais antigo do Brasil, tem apenas 30% de sua área regularizada, depois de 75 anos de existência. Situação pior é a do Parque Estadual do Papagaio, onde está um dos últimos remanescentes de Mata Atlântica em Minas Gerais: ali, apenas 3% da área pertencem ao governo mineiro. As demais unidades de conservação são de uso sustentável, cujo objetivo é o de compatibilizar a preservação da natureza com a exploração dos recursos naturais. Oito são Áreas de Proteção Ambiental, das quais a maior é APA da Serra da Mantiqueira, uma das maiores do Sudeste, com cerca de 434 mil hectares espalhados pela área de 27 municípios, nos três estados. Ela protege o espigão central da Mantiqueira, onde estão as zonas de maior altitude e os maiores remanescentes de mata nativa. Abriga também algumas das mais importantes nascentes da serra, que em breve podem ganhar proteção extra, com a criação do Parque Nacional dos Altos da Mantiqueira. Caso ele saia do papel, serão 86 mil hectares preservando as cristas da serra, num trecho que se estende por 100 quilômetros. Iniciativas de maior fôlego não faltam. Uma das mais amplas é a do Mosaico Mantiqueira, programa criado em 2006 pelo Ministério do Meio Ambiente com o objetivo de integrar as unidades de conservação por meio de políticas de preservação unificadas. Abrange 38 municípios em Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. Ainda mais ambiciosa é a proposta do Corredor Ecológico da Mantiqueira, idealizada pela ONG Valor Natural em conjunto com órgãos públicos, empresas privadas e entidades do terceiro setor. Suas linhas de ação incluem fortalecer e ampliar as unidades já existentes, investir em pesquisas científicas, estimular atividades econômicas sustentáveis e elaborar programas de educação ambiental, entre outras. Reúne todos os 42 municípios mineiros da serra, cuja área soma 11 mil quilômetros quadrados. É, até agora, a iniciativa conservacionista de maior escopo na Mantiqueira. O Brasil, por fim, começa a olhar para a velha Amantiquira não mais como um obstáculo impertinente, mas como um tesouro ambiental e cultural dos mais valiosos que temos no país. |